Esquema do ataque de Mem de Sá aos franceses na baía de
Guanabara, em 1560. Autoria desconhecida, 1567.
Em 1553, a pedidos, Tomé de Sousa foi exonerado do cargo e
substituído por Duarte da Costa, fidalgo e senador nas Cortes de Lisboa. Em sua
expedição foram também 260 pessoas, incluindo seu fiho, Álvaro da Costa, e o
então noviço José de Anchieta, jesuíta basco que seria o pioneiro na catequese
dos nativos americanos. A administração de Duarte foi conturbada. Já de início,
a intenção de Álvaro em escravizar os indígenas, incluindo os catequizados,
esbarrou na impertinência de Dom Pero Fernandes Sardinha, primeiro bispo do
Brasil. O governador interveio a favor do filho e autorizou a captura de
indígenas para uso em trabalho escravo. Disposto a levar as queixas
pessoalmente ao rei de Portugal, Sardinha partiu para Lisboa em 1556 mas
naufragou na costa de Alagoas e acabou devorado pelos caetés antropófagos.
Durante o governo de Duarte da Costa, uma expedição de
protestantes franceses se instalou permanentemente na Guanabara e fundou a
colônia da França Antártica. Ultrajada, a Câmara Municipal da Bahia apelou à Coroa
pela substituição do governador. Em 1556, Duarte foi exonerado, voltou a Lisboa
e em seu lugar foi enviado Mem de Sá, com a missão de retomar a posse
portuguesa do litoral sul.
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