O período compreendido entre o Descobrimento do Brasil em
1500, (chamado pelos portugueses de Achamento do Brasil), até a Independência
do Brasil, é chamado, no Brasil, de Período Colonial. Os portugueses, porém,
chamam este período de A Construção do Brasil, e o estendem até 1825- 1826
quando Portugal reconheceu a independência do Brasil.
Há algumas teorias sobre quem foi o primeiro europeu a
chegar nas terras que hoje formam o Brasil. Entre elas, destacam-se a que
defende que foi Duarte Pacheco Pereira entre novembro e dezembro de 1498 e a que argumenta que foi o espanhol Vicente
Yáñez Pinzón no dia 16 de janeiro de 1500, possivelmente no Cabo de Santo
Agostinho, litoral sul de Pernambuco. No entanto, oficialmente o Brasil foi
descoberto em 22 de abril de 1500, pelo capitão-mor duma expedição portuguesa
em busca das Índias, Pedro Álvares Cabral, que chegou ao litoral sul da Bahia,
na região da atual cidade de Porto Seguro, mais precisamente no distrito de
Coroa Vermelha,
No dia 9 de março de 1500, o português Pedro Álvares Cabral,
saindo de Lisboa, iniciou viagem para oficialmente descobrir e tomar posse das
novas terras para a Coroa, e depois seguir viagem para a Índia, contornando a África
para chegar a Calecute. Levava duas caravelas e 13 naus, e por volta de 1 500
homens - entre os mais experientes Nicolau Coelho, que acabava de regressar da
Índia; Bartolomeu Dias, que descobrira o cabo da Boa Esperança, e seu irmão
Diogo Dias, que mais tarde Pero Vaz de Caminha descreveria dançando na praia em
Porto Seguro com os índios, «ao jeito deles e ao som de uma gaita». As
principais naus se chamavam Anunciada, São Pedro, Espírito Santo, El-Rei, Santa
Cruz, Fror de la Mar, Victoria e Trindade. O vice-comandante da frota era
Sancho de Tovar e outros capitães eram Simão de Miranda, Aires Gomes da Silva,
Nuno Leitão, Vasco de Ataíde, Pero Dias, Gaspar de Lemos, Luís Pires, Simão de
Pina, Pedro de Ataíde, de alcunha o inferno, além dos já citados Nicolau Coelho
e Bartolomeu Dias. Por feitor, a armada trazia Aires Correia, que havia de
ficar na Índia e por escrivães Gonçalo Gil Barbosa e Pero Vaz de Caminha.
Entre os pilotos, que eram os verdadeiros navegadores, vinham Afonso Lopes e
Pero Escobar. Diz a Crônica do Sereníssimo Rei D. Manuel I:
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